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Odontologia também pode ajudar quem ronca



Especialista explica sobre o problema e quais os métodos utilizados para ajudar aqueles que sofrem com isso

Dados da ABS (Associação Brasileira do Sono) mostram que cerca de 24% dos homens e 18% das mulheres roncam. Em pessoas com mais de 60 anos, os números são maiores: 60% têm essa condição. O ronco é o som ou ruído rítmico que ocorre durante o sono, causado pelo relaxamento das paredes da faringe, dificultando a passagem do ar pelas vias aéreas. O que nem todos sabem é que a odontologia possui uma área que pode auxiliar nesse problema.

A cirurgiã-dentista Nathalia Ungarelli, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, explica sobre isso. “A odontologia do sono é uma área focada no diagnóstico, prevenção e tratamento de distúrbios do sono como apneia obstrutiva do sono e bruxismo. No caso do ronco pode ajudar na confecção de dispositivos que posicionam a mandíbula mais para frente durante o sono, aumentando o espaço da via aérea reduzindo ou até eliminando o ronco”.

Segundo a especialista alguns fatores podem contribuir para que a pessoa ronque. “Quem tem apneia obstrutiva do sono, obesidade e perda de tônus muscular devido a idade possui mais chances de roncar”, destaca ela, explicando ainda como é feita a identificação do problema. “O diagnóstico é feito através de uma anamnese específica bem detalhada para o sono e exame de polissonografia do tipo 1”, completa.

Atuação conjunta

O ronco, de acordo com a cirurgiã-dentista especialista em sono, pode ter cura. “Em muitos casos eliminar o sobrepeso vai curar o ronco ocasionado por células adiposas ao redor das vias aéreas”, salienta ela, que ressalta ainda como é a atuação nessa área. “O dentista do sono trabalha, geralmente, em parceria com médicos como otorrinolaringologistas, pneumologistas ou neurologistas”.

Nathalia Ungarelli elenca quais os métodos utilizados pela odontologia do sono para auxiliar no tratamento do ronco:

  • Uso de aparelhos intraorais (AIOs):

São dispositivos semelhantes a placas dentárias, usados durante o sono, que posicionam a mandíbula levemente para frente, aumentando o espaço da via aérea e reduzindo o colapso.

  • Avaliação e controle de fatores orais:

Como exemplo temos a anatomia da mandíbula, posição da língua, hipertrofia de amígdalas ou alterações esqueléticas que contribuem para o distúrbio.

  • Orientações de higiene do sono:

Hábitos e posturas que melhoram a qualidade do sono, em conjunto com o tratamento odontológico.

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